domingo, 15 de janeiro de 2012

O Patrono da Escola...

Franklin Távora


          Há  certa dúvida sobre o primeiro nome de Franklin Távora. No site da Academia Brasileira de Letras, onde ele aparece como Patrono da Cadeira nº 14, consta JOÃO FRANKLIN DA SILVEIRA TÁVORA, já o escritor Oliveiros Litrento, laureado com o "Prêmio Paula Brito de Crítica Literária e Ensaio, 1962", faz referência a JOAQUIM FRANKLIN DA SILVEIRA TÁVORA, no Tomo I do livro "Apresentação da Literatura Brasileira", da coleção "História Literária", publicação da Editora Forense Universitária Ltda, página 146. Litrento afirma que o escritor, que foi também advogado, historiador, jornalista, crítico e teatrólogo teria nascido em Fortaleza, enquanto o texto biográfico do site da Academia Brasileira de Letras faz constar como tendo sido na cidade de Baturité, no mesmo estado do Ceará.

Sendo assim, preferimos  ficar com o texto biográfico da Academia Brasileira de Letras:

Franklin Távora (João F. da Silveira T.), advogado, jornalista, político, romancista, teatrólogo, nasceu em Baturité, CE, em 13 de janeiro de 1842, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de agosto de 1888. É o patrono da Cadeira n. 14, por escolha do fundador Clóvis Beviláqua.
Era filho de Camilo Henrique da Silveira Távora e de Maria de Santana da Silveira. Fez os primeiros estudos em Fortaleza. Em 1884 transferiu-se com os pais para Pernambuco. Fez preparatórios em Goiana e Recife, em cuja Faculdade de Direito matriculou-se em 1859, formando-se em 1863. Lá viveu até 1874, tendo sido funcionário, deputado provincial e advogado, com breve intervalo em 1873 no Pará, como secretário de governo. Em 1874, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde viveu como funcionário da Secretaria do Império. Foi jornalista ativo, redigindo A Consciência Livre (1869-1870) e A Verdade (1872-73).

 
Iniciou a vida literária ainda estudante. No que se pode chamar a sua fase recifense, publicou os contos da Trindade maldita (1861); os romances Os índios do Jaguaribe (1862); A casa de palha (1866); Um casamento no arrabalde (1869); os dramas Um mistério de família (1862) e Três lágrimas (1870).
 
No Rio de Janeiro, teve influência na vida literária, fundando e dirigindo com Nicolau Midosi a Revista Brasileira (2a fase), de que saíram dez volumes de 1879 a 1881. Ao mesmo tempo, inicia uma fase de reconstituição do passado pernambucano, marcadamente regionalista, tanto na ficção quanto na investigação histórica. Fez cerrada campanha contra José de Alencar, por não concordar com o seu romantismo idealista. É tido como um dos precursores do Realismo, embora os seus romances ainda sejam grandiloqüentes e românticos. No romance O sacrifício (1879), são evidentes as concepções naturalistas. Intérprete literário de um regionalismo que se vinha exprimindo ideologicamente desde o início do século, defendeu o que chamava uma literatura do Norte, em oposição a uma literatura do Sul, considerada cheia de estrangeirismos e antinacionalismo. Pseudônimos: Semprônio e Farisvest.
 
Fundou a Associação dos Homens de Letras e foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (Texto transcrito do site da Academia Brasileira de Letras, que pode ser lido em http://migre.me/4BOMt )








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